Feliz 200 anos seu Charles...
Hoje, 12 de fevereiro, é aniversário desse senhorzinho de semblante tristinho da foto acima. Se estivesse vivo Charles Darwin completaria hoje 200 anos enquanto o livro mais importante que Darwin escreveu, A Origem das Espécies completará em novembro 150 anos.
Este moço sempre me impressionou, desde os tempos da escola, pois eu sempre gostei de ciências e biologia. Mas foi depois que eu que vi um filme sobre a vida dele (numa dessas mostra de cinema de São Paulo) que eu realmente entendi os dramas que o motivaram.
Charles Darwin foi um cientista moldado em um outro tempo e suas descobertas foram frutos de uma outra realidade científica, sem laboratórios sofisticados ou equipamentos, quando pesquisa era o resultado de observação paciente da natureza e das espécies animais.
Durante cinco anos (1831-1836) Darwin fez uma grande e fundamental viagem a bordo do barco Beagle e visitou o Rio de Janeiro, a Bahia e circulou por diversas localidades no Brasil. A passagem de Darwin pelo Brasil foi muito investigada recentemente e uma série de publicações sobre este período estão disponíveis este ano.
A busca de uma resposta para a origem das espécies, que levaria à teoria da evolução, está totalmente relacionada não apenas aos dramas pessoais de Darwin mas a algumas questões fundamentais que atormentaram as mentes do século 19.
A origem das espécies pela seleção natural, de onde saiu a teoria da evolução, não apenas revolucionou a biologia, mas historicizou a biologia e as principais descobertas de Darwin continuam irrefutáveis.
O editorial de hoje do NYT lembra que Darwin não apresentou uma seleção estática de fórmulas matemáticas mas uma teoria de história da biologia que se passa na própria história e o fato dos detalhes dessa teoria serem alterados a cada momento não invalidam a teoria de Darwin em nenhum momento, pelo contrário, contribuem para exaltar os méritos da teoria da evolução.
Charles Darwin publicou a A Origem das Espécies pela Seleção Natural quando tinha 50 anos, há exatos 150 anos, e a teoria da evolução seleção natural continua hoje como a mais aceita teoria da formação de espécies.
O desenvolvimento de uma teoria como a de Darwin, no exato momento em que ela foi criada, demandava não apenas um cientista detalhista e persistente mas um cientista crítico e insatisfeito, disposto a desafiar o lugar comum das teses religiosas até então dominantes.
Eu poderia ficar aqui até amanhã escrevendo sobre Darwin mas tenho um doce de leite para mexer e tomar conta. Em homenagem a Darwin estou fazendo um doce de leite da forma mais tradicional, observando, mexendo, subindo e abaixando a temperatura do fogo com o máximo cuidado e paciência. Infelizmente o doce de leite ainda não está pronto, mesmo depois de 4 horas no fogo cozinhando, mas eu estou fotografando e anotando todos os detalhes da minha experiência científica culiária a ser publicada por aqui a qualquer momento.
Por hora eu queria era celebrar com vocês a honra que eu tenho de pertencer a mesma espécie que Charles Darwin.
Comentários
Aguaredaremos este Doce de Leite! Adoro!
Bjs :)
Essa exposição depois vai viajar por toda a Europa, pode ser que chegue aí!
Bjs
Você falou do olhar triste, mas eu acredito que ele tenha sinucite,por causa da testa volumosa.
Eu tenho um rapaz na minha vida que tem essa testinha ai rs por causa da sinucite.
Aff, olha o meu papo contigo.
Quer fazer uma receita da Ofélia querida?
Se sim, me passa o seu email.
bjs e um ótimo final de semana.
Adorei a homenagem que vc prestou à esse grande e eterno cientista.
Abraços,
Bergamo