Uns pães (*): kanel boller noruegueses e pães de queijo

O fim de semana foi de sol e de pães. Começou com uma fissura para comer pão de queijo mas eu estava sem queijo de minas, ou similar, em casa. Me lembrei de uma receita bem simples que eu vi no site da Lara, que viu no site da Fernanda, que por sua vez tirou do site da Neide. Fui ao blog da Neide e achei a receita do pão de queijo facinho feita no liquidificador.



Receitas de pães de queijo há muitas pela aí, mas poucas tão simples e saborosas como essa. Eu adorei mas os pãezinhos não eles agradaram muito as crianças, acho que em função do sabor acentuado de azeite. Para ver a receita dos pães de queijo vá até o blog da Neide, o fantástico Come-se.

Além dos pães de queijo, eu assei especialmente para as crianças uns enroladinhos de canela. O enroladinho de canela é um tipo de pãozinho bem tradicional na 'padaria norueguesa' . Em qualquer canto deste país acha-se o kanel grifler ou kanelboller . Dependendo do tamanho do pãozinho e do lugar (proximidade com a Suécia) o nome do pãozinho pode ser diferente. Além de diversos tamanhos os enroladinhos de canela noruegueses podem ser encontrados com, ou sem, cobertura de açúcar.



As crianças aqui em casa amam kanelboller e eu compro regularmente na padaria, mas sempre desejei fazer kanelboller em casa. Estava me faltando uma receita atraente, mas agora não está mais. Eu achei uma receita ótima. O sabor do pão é perfeito para o meu paladar e os pãezinhos eu fiz do jeito que eu gosto: com pouca canela e sem cobertura de açúcar que eu acho super enjoativa. Eu não sei se vocês concordam mas eu acho que canela, noz moscada, cravo, cardamomo e outras especiarias, devem ser usadas com cuidado, em pequenas quantidades. Canela em excesso até corta a minha garganta. As crianças aqui amam um pãozinho recheado com muita canela, eu é que 'num guento' sabor intenso demais canela.



Enrolado de canela (Kanelboller)

(ESSA RECEITA SOFREU ALTERACOES EM MARCO DE 2015 PARA SIMPLIFICAR E REFLETIR A RECEITA QUE FAZEMOS EM CASA)

Massa:
500 ml de leite
100G manteiga
1DL (meia xícara) de açúcar
7 a 10g de fermento seco
8DL (4 xicaras) farinha de trigo
1/2 colher de chá de sal

Recheio
100 gramas de manteiga derretida
1DL (1/2 xícara) de açúcar
3 a 4 colheres de sopa de canela em pó

Como:

Numa panela esquente o leite, a manteiga e o acúcar sem deixar ferver. Deixe a mistura amornar e quando estiver aproximadamente 37-40C e adicione o fermento seco. Depois adicione quatro xícaras de farinha de trigo e mexa bem com uma colher de pau até incorporar e formar uma massa bem macia. Deixe a massa descansar para crescer, coberta, por um hora.

Abra a massa sobre uma superfície esfarinhada até formar um retangulo de pelo menos 20 X 50 cm. Espalhe uma camada de manteiga derretida em toda a superície do retângulo. Salpique uma camada de açúcar e por cima do açúcar uma camada de canela. Enrole a massa sobre a parte menor do retângulo até formar um rocambole de massa. Feche bem as pontas, até que grudem,. Corte fatias do rocambole de massa com aproximadamente 2 cm de largura. Coloque as fatias cortadas em formas de muffin grande ou disponha as fatias numa forma retangular ou redonda. Deixe crescer por mais 20 ou 30 minutos. Asse a 200C por 15 minutos ou até que estejam bem dourados.



(clique na foto para ver as imagens do processo ampliadas)

A quantidade de açúcar e canela usadas no recheio depende do gosto de cada um. Eu acho que sabor intenso de canela meio enjoativo e cortante, por isso eu uso pouco. Fica suave e delicioso.

Pode-se cobrir os enrolados com uma calda de açúcar feitas em geral a partir da mistura do açúcar de confeiteiro com leite, água, suco de limão, raspas de laranja, café ou mel por exemplo. Eu prefiro pães sem calda pois acho que com calda fica demasiado doce. Algumas receitas suecas de kanelboller recomendam salpicar pérolas de açúcar, um açúcar especial para cobertura de pães e biscoitos, mas eu não gosto. Se você preferir salpique açúcar antes de assar.

(*) A quem interessar possa, o título da postagem é uma referência ao título do conto "Uns Braços", de Machado de Assis, que é um dos meus contos favoritos de todos os tempos.