Banquete amazônico e a revista Pororoca 3

Uma fantástica refeição amazônica /Foto Rogério Assis

A revista Pororoca 3 já está disponível nas melhores bancas do país e recheada de fotografias lindas e matérias incríveis sobre o caldeirão mais rico do planeta: a região amazônica. Já falei sobre o lançamento da revista Pororoca e do maravilhoso projeto bilingue da revista. A Pororoca 3 apresenta São Gabriel da Cachoeira, um dos paraísos intocados da região Norte do Brasil, um lugar como poucos desse nosso planetinha. Em São Gabriel da Cachoeira vive e trabalha dona Brazi, a chef amazônica que produziu o banquete acima, fotogrado e devidamente deglutido por Rogério Assis, diretor da Pororoca.

Dona Brazi, a já famosa chef de São Gabriel da Cachoeira - Foto Rogério Assis

Segundo Rogério o banquete servido por dona Brazi foi a melhor refeição de sua vida. Não tenho dúvida que a refeição servida por dona Brazi estava cercada por aquela energia que chamam pela aí de terroir, ou alguém tem alguma dúvida que é simplesmente impossível comer um tucupi preto fora do perímetro amazônico, ou que é humanamente impossível achar as saúvas maniwaras em outro canto desse planeta terrinha. E as saúvas maniwara são o segredo do sucesso desse tucupi.

Foto: Rogério Assis

Dona Brazi causou o maior rebuliço no evento do Paladar: Cozinha do Brasil em São Paulo no mês passado e foi louvada pelos grandes chefs de São Paulo. O grau de reverência à sabedoria de dona Brazi pode ser apreciada na entrevista feita por Alex Atala durante o evento e cujo vídeo foi publicado no site do Paladar suplemento do Estadão. No vídeo dona Brazi fala como faz para pegar as maniwaras e conta que sua mãe era da etnia Baré. Quer saber mais sobre dona Brazi? Leia Pororoca 3.


O banquete de dona Brazi em imagens. Nas fotos maiores: no alto um close das maniwaras e na foto inferior a mujeca, uma sopa de peixe - Fotos Rogério Assis.


Churrasquinho amazônico... Foto Rogério Assis.

São Gabriel da Cachoeira, Estado do Amazonas. Foto Rogério Assis


Cozinha tradicional brasileira em São Gabriel da Cachoeira. Foto Rogério Assis


Quer mais, muito mais sobre a Amazônia e suas delícias? Revista Pororoca.

Todas as fotos desta postagem são de autoria de Rogério Assis e não podem ser reproduzidas sem autorização da Editora Mandioca.

Comentários

Gina disse…
Cláudia, adoro essas coisas típicas e, sempre que viajo a algum lugar de culinária diferente, procuro registrar, mesmo antes de ter um blog.
Nosso país é rico em diversidade. Tenho sogra amazonense, sogro cearense, pai pernambucano e mãe carioca. Por aí você vê que tenho um "caldeirão" cultural em família. Adoro tudo isso!
Conheço todas as regiões do Brasil, exceto a norte, mas ainda vou lá, vontade não falta.
Bjs.
Claudia disse…
Gina,

Eu também sou um caldeirão brasileiro e me orgulho muito da diversidade do meu DNA e da diversidade cultural brasileira. Conheço a região norte mas muito mal, faz muito tempo que não vou ao Amazonas e nunca estive no Pará. Aquelas coisas. Tenho uma parte grande da minha família em Manaus. Nosso plano/sonho é levar as crianças para descer o rio e viajar de Manaus a Belém de barco. Uma prioridade ir ao norte do Brasil...

Bj,

C.
Isabel disse…
Cláudia, adorei saber mais um pouco sobre a Amazónia, um lugar maravilhoso do planeta que eu um dia gostaria de conhecer. A gastronomia é muito interessante, mas não sei se seria capaz de comer as formiguinhas, sou muito "nojentinha" com insectos!!!
Mas a mujeca tem ótimo aspecto e aquele "prato" gigante, onde uma moça mexe o que parece ser um cereal, que maravilha!
Bjs
Cláudia,
Quanta coisa diferente, eu acho que era capaz de experimentar tudo, incluindo a formiguinha, se eles comem é porque é bom, embora eu seja meio esquisita e seria incapaz de experimentar as larvas que a Neide colocou faz um tempo no Come-se.
De todos os locais do Brasil a Amazónia é aquele que me desperta mais curiosidade.
Bjs
Moira
Claudia Lima disse…
Eu conheço muitos poucos lugares no Brasil. Minha família não era de muitas viagens, ainda que meu pai seja piloto até hoje.
Como sempre moramos no Rio, a tradição era para POA nas férias ver a família.
Eu acho que não gostaria de provar estes pratos típicos para ser honesta.
Bjs :)
Claudia disse…
Isabel,

aqueles peixes são uma maravilha, frescos e saborosos de um jeito único. Eu amo peixe de rio, sem aquele cheiro de mar. As ervas e as pimentas são todas amazônicas e as formigas são peneiradas de um jeito que as cabeças parecem grãos de um cereal qualquer. Eu nunca comi mas o que se diz é que se não se sabe do que se trata pensa que é milho. Elas dão uma cor única ao tucupi, talvez o mais famoso prato amazônico. Acho que uma vez estando em São Gabriel até você comeria umas maniwarinhas... Nada a ver com aqueles insetos fritos se come-se inteiros na Ásia. Você não percebe o bicho...

A moça mexendo aquela gamelona está fazendo o que eu penso ser farinha d'água, um tipo de farinha de mandioca que se come muito no norte. Eu cresci vendo minha avó comer daquela farinha e passei a gostar demais, mas quando eu era criança era muito difícil achar no Rio, tinha que alguém ir para o Norte para trazer... Bj.

Moira,

Eu também sou fresca, não como larvas vivas nem escargot de jeito nenhum, mas nós iríamos nos refastelar com o banquete da dona Brazi, as formigas são escaldadas e ela retira o corpo. Come-se apenas a cabeça (cozida) que fica parecendo um grão que dá cor ao tucupi. Nunca comi mas é o que dizem os amigos que já provaram. De resto são muitos vegetais, ervas e pimentas nativas, além dos peixes dos rios amazônicos que os mais saborosos que há. Eu preciso voltar ao Amazonas o mais rápido possível, tenho muitas saudades. Bj

Clauzinha,

Você iria amar se provasse, os peixes são de uma superioridade que parecem pertencer a outro planeta, os vegetais maravilhosos e a melhor farinha de mandioca que um humano pode produzir. Comida de índio no último (se é que vc me entende!). Bj.

C.

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